VIA SACRA ESTILO AFRICANA PINTADA PELO ARTISTA PLÁSTICO BRASILEIRO COMENDADOR FABRÍCIO SANTOS - PRESIDENTE FUNDADOR DA ACLA/MG DE MANHUAÇU - MINAS GERAIS. EXPOSIÇÃO DE LANÇAMENTO NO DIA 20 DE NOVEMBRO DE 2014 NO PONTO DE CULTURA DA ACLA/MG.

VIA SACRA ESTILO AFRICANA PINTADA PELO ARTISTA PLÁSTICO BRASILEIRO COMENDADOR FABRÍCIO SANTOS - PRESIDENTE FUNDADOR DA ACLA/MG DE MANHUAÇU - MINAS GERAIS. EXPOSIÇÃO DE LANÇAMENTO NO DIA 20 DE NOVEMBRO DE 2014 NO PONTO DE CULTURA DA ACLA/MG.
"A VIA SACRA consiste na oração mental de acompanhar o Senhor Jesus em seus sofrimentos conhecidos como a paixão de Nosso Senhor, a partir do Tribunal de Pilatos até o Monte Calvário".

QUADROS DA VIA SACRA AFRICANA DO COMENDADOR FABRÍCIO SANTOS - PINTADOS COM TODOS OS PERSONAGENS NEGROS INCLUSIVE JESUS CRISTO(REPRESENTANDO DE FORMA SIMBÓLICA A CULTURA AFRICANA COMO FORMA DE REFLEXÃO):

PRIMEIRA ESTAÇÃO

Jesus é condenado à morte
Senhor Jesus, por que Vos condenaram à morte? Que foi que fizestes que merecia a morte? Curaste doentes, alimentastes famintos, ressuscitastes os mortos, perdoastes aos pecadores, respeitastes as autoridades, trabalhastes para o bem da humanidade, fostes humilde, manso, bondoso, misericordioso. Por que esta sentença tão cruel e humilhante?
O nosso orgulho, inveja, egoísmo, covardia, comodismo, calúnias, apego exagerado pelas coisas deste mundo Vos condenaram. Eis aqui o segredo da injusta sentença. Tenho que perguntar-me: o que eu fiz com Cristo? Não O condenei, por acaso, a morrer?
Cristo, ajudai-me a viver o Vosso Evangelho até a morte.


SEGUNDA ESTAÇÃO

Jesus toma a cruz aos ombros

Cristo, eis a Vossa cruz. Será que esta cruz é Vossa? Na verdade ela é nossa. Assumistes a nossa cruz. A grandeza e o peso desta cruz cresceram dos nossos pecados, que destruíram a ordem do amor. Todos os pecados do mundo nos Vossos ombros. O mundo grita, xinga, critica, está rindo em sua loucura Cristo sofre e caminha em silêncio para me salvar.
Cristo, Vossa Via-sacra foi para mim. Ajudai-me cada dia, pela manhã, partir para a minha via-sacra e ficai ao meu lado, porque sou fraco.

TERCEIRA ESTAÇÃO

Jesus cai por terra

As forças estão se esgotando. Calor, solidão. A terra parece mover-se. Cristo tropeça, perde o equilíbrio e cai. Sente a terra, a poeira na boca. O peso da cruz o sufoca.
Nós partimos cheios de confiança e um dia caímos. Percebemos no nosso caminho uma flor, uma ilusão e tivemos tanta vontade de levá-la. Então paramos, traímos o caminho difícil e ficamos longe do caminho de Cristo.
Até quando vou ficar frio e passivo? Cristo, estou tão longe de Vós. Cristo, ajudai-me a partir de novo. Protegei-me contra minhas quedas que cansam e deixam vazio o meu coração. Quero seguir-Vos. Ajudai-me a levantar-me do meu pecado.

QUARTA ESTAÇÃO

Jesus encontra-se com Sua Mãe
Quanta dor da Mãe neste encontro. Ela vai com Seu Filho. Ela vai na multidão despercebida, preocupada com seus filhos. Não fala, vai junto com Jesus, preocupada com todos nós.
Cristo, mostrai-nos Vossa Mãe humilde e dolorosa para nos comovermos e nos convertermos. Ajudai-nos a caminhar juntos com nossos irmãos, participar dos problemas deles, sofrer com eles como sofreu Maria -- Vossa e nossa Mãe.

QUINTA ESTAÇÃO

Cirineu ajuda a carregar a cruz

Cirineu atravessava o caminho por onde Cristo carregava a cruz. Pararam-no, o primeiro, desconhecido Cristo aceita a ajuda. Aceita uma ajuda forçada de um homem teimoso. Deus Onipotente e Todo-poderoso permite que o homem O ajude. Deus precisa de um homem fraco. Tanta humildade!
Nós também precisamos dos outros. Nosso caminho é também duro e perigoso demais para podermos vencê-lo sozinhos. E tantas vezes, orgulhosos, afastamos as mãos que nos querem ajudar. Mais ainda, pensamos que Cristo é desnecessário em nossa vida. Queremos agir sozinhos. Ao lado de mim vai: amigo, esposa, marido, pai, mão, vizinho, companheiro do trabalho, irmão desconhecido não posso ignorá-los. Todos juntos precisamos salvar o mundo.
Cristo, que eu perceba e aceite com humildade os meus irmãos Cirineus que caminham comigo e também aqueles que foram forçados a caminhar comigo.

SEXTA ESTAÇÃO

Verônica enxuga o rosto de Jesus

Verônica olhava para Seu rosto. Rosto sujo, cansado. Cabelos grudados com poeira, sangue e suor. Estremeceu em si, não podia esperar mais. Na presença dos soldados e inimigos enxugou o rosto de Cristo. O rosto doloroso de Cristo imprimiu-se no pano e no coração. Precisamos olhar o Cristo, para nos tornarmos um pouco semelhantes a Ele. Passamos tantas vezes ao lado de Cristo e nem sequer olhamos para o rosto dEle. Por isso somos apenas tristes máscaras Suas e não temos semelhança com Ele.
Desculpe, Jesus, os meus impuros olhares. Os outros não podem ver em mim Vossa luz e Vossa imagem.
Desculpe, Jesus, o meu corpo desejoso de prazeres. Ninguém consegue descobrir em mim um pouco de Vós.
Desculpe, Jesus, o meu coração cheio de ódio e egoísmo. Ninguém consegue descobrir nele o Vosso amor.
Ajudai-me, Senhor a ser a Vossa viva imagem.

SÉTIMA ESTAÇÃO

Jesus cai pela segunda vez

Cristo está no fim das Suas forças. O peso da cruz, o calor, o caminho em subida, as forças se esgotam, o cansaço cresce. Cristo cai de novo por terra. São os nossos pecados horríveis que o oprimem. Tão depressa acostumo-me a praticar o mal. Falta de fidelidade, falta de prudência. Não enxergo mais nada -- só o mal. Procuro o mal. Estou caído, desanimado. Não vejo os outros no caminho, meus olhos fechados, meus ouvidos surdos. Mas tenho medo de ficar assim. Sei que essa não é a posição digna, humana.
Cristo, dai a mão a um mísero caído, levantai-me, sacudi a poeira pecaminosa dos meus olhos, lavai-me da minha sujeira. Dai-me novas forças para que eu possa levantar-me e caminhar ao Calvário da vitória, a glória final.

OITAVA ESTAÇÃO

Jesus consola as mulheres piedosas

As mulheres choram, lamentam, vendo Cristo. Não podem ajudar, limitam-se a chorar. Têm pena de Cristo.Cristo, embora cansado, percebeu-as, ouviu-as. É mais conveniente chorar os nossos pecados, porque a causa da via dolorosa de Cristo são nossos pecados. Dignos de lamentação somos nós, pecadores.
Perceber os pecados dos outros é sempre mais fácil do que chorar os nossos.
Cada um passa diante do meu tribunal; o mundo todo -- prefiro julgar os outros do que a mim e descubro facilmente culpados: bêbados, preguiçosos, fofoqueiros, falsos, mentirosos, injustos, egoístas -- só eu o perfeito.
Cristo, ajudai-me a descobrir uma verdade muito velha e sempre nova: que sou pecador e isso preciso lamentar.

NONA ESTAÇÃO

Jesus cai pela terceira vez

Cristo cai de novo. Os soldados batem. Cristo não se mexe. Senhor, morrestes?!
Ainda não, as forças quase acabaram. Restou ainda um pedacinho do caminho: dois, três passos Neste estado isso é quase impossível. Senhor, caístes a terceira vez, mas já no alto do Calvário onde vão levantar a cruz.
Eu também caí de novo. Sempre estou caindo. Às vezes duvido se poderei levantar-me. Mas vendo-Vos a meu lado, recupero as minhas forças e certamente vencerei com Vossa graça.

DÉCIMA ESTAÇÃO

Jesus é despido das Suas vestes

Cristo não tinha mais nada a não ser uma veste. Mas isto foi ainda demais. Agora não existe mais nada entre o corpo de Cristo e a cruz. Os homens uniram a cruz e o corpo para sempre.
Cristo, Vossa veste era comprida, digna da pessoa humana. Nós precisamos abandonar também as vezes, vestes provocantes, indecentes, para que possamos defender nossa dignidade humana.
Senhor, fazei que morra tudo em mim que ofende a Vossa santa vontade. Gosto tanto de muitas coisas pequenas que são minhas, mas se isso for necessário para viver verdadeiramente, tira tudo de mim. É melhor morrer, para depois viver. Assim como o grão que precisa morrer para dar frutos.

DÉCIMA PRIMEIRA ESTAÇÃO

Jesus é pregado na cruz

Cristo estendido na cruz, cobre-a perfeitamente para ser unido perfeitamente a ela. Os pregos atravessam o corpo. Cristo permite que o homem apanhe brutalmente as mãos e os pés dEle e pregue na cruz. Agora nenhum movimento é possível.
Nós também precisamos aceitar a nossa cruz na hora presente. Não podemos escolher. Temos que aceitar a nossa cruz. Ela é pronta, feita para meu tamanho, feita dos meus sofrimentos. Temos que apegar-nos a ela.
Isto não é fácil. Mas não posso encontrar o Cristo de outra maneira. Cristo espera por mim na cruz para, junto com Ele, redimir o mundo, nossos irmãos.

DÉCIMA SEGUNDA ESTAÇÃO

Jesus morre na cruz
As três horas de agonia são tão compridas, parecem sem fim. Mas compridas do que três anos, do que trinta anos de vida. Tudo preparado. Cristo morre. A vida pára, o coração não bate mais. O Coração grande como o mundo -- o mundo de pecados que carrega em si. O mundo talvez ainda não saiba, mas, inconscientemente, estende os braços gritando: "salvai-nos, salvai-nos, Senhor, não podemos mais viver assim, tirai-nos do pecado". Quando eu morrer, Cristo, deixai-me entregar o meu coração a Vós, morrer para Vós, para viver em Vós.

DÉCIMA TERCEIRA ESTAÇÃO

O corpo de Jesus é depositado nos braços da Mãe

A Vossa obra, Cristo, é consumada. os pregos são desnecessários. Agora podeis descer e descansar. Devagarzinho descem-no da cruz. A Mãe recolhe-O nos seu braços. Tanta dor atravessou a sua alma, mas agora, nós também estamos cansados, vamos adormecer um dia para sempre. Mas em que estado vamos morrer?
Nossa Mãe: vigiai sobre nós cada noite. Tomai-nos nos Vossos braços na última hora, não largueis-nos nunca, por favor. Não esqueçais de nós, pois sois o "Refúgio dos pecadores".

DÉCIMA QUARTA ESTAÇÃO

Jesus é depositado no sepulcro
Cristo é depositado no sepulcro. Na entrada, uma grande pedra. Os amigos não podem mais ajudar. Resta a esperança na ressurreição.
Nossa ressurreição será no fim do caminho. Embora o caminho seja difícil, sabemos que Cristo espera por nós na Sua glória. Senhor, ajudai-nos a atravessar este caminho fielmente.

DÉCIMA QUINTA ESTAÇÃO

Jesus Ressuscita ao terceiro dia


A Ressurreição de Jesus é o nome dado à fé cristã de que Jesus Cristo retornou à vida no domingo seguinte à sexta-feira na qual ele foi crucificado. É uma doutrina central da fé e da teologia cristã e parte do Credo Niceno: "Ressuscitou dos mortos ao terceiro dia, conforme as Escrituras".
No Novo Testamento, depois dos romanos terem crucificado Jesus, ele é ungido e sepultado num túmulo novo por José de Arimateia, ressuscitou dos mortos e apareceu para muitas pessoas durante um período de quarenta dias, quando então ascendeu ao céu para se sentar à direita do Pai. Os cristãos celebram a ressurreição no Domingo de Páscoa, o terceiro dia depois da Sexta-Feira Santa, o dia da crucificação.




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